sexta-feira, 4 de outubro de 2013

TERRA ROXA





Meus pés, adaptados em solo arenoso,
trincou-se em terra roxa.
O coração seguiu a mesma sina,
desacostumado em solo que arrocha.

Nascido em areias quentes,
o coração rachou como acha,
ao se achar em terra roxa,
enquanto as águas se debatiam nas rochas.

Talvez fosse para cumprir destinos
de corações corcéis entre nuvens e céus,
coisas de corações meninos
aflitos, cicatrizando brechas.

Coração de areia
e coração de terra roxa,
separados em bateia,
aclimatados em suas tochas.

17 comentários:

  1. Que tem Terra Roxa no sangue;em tintura também -
    avermelhada "de quem sofre e é forte";
    tem força no sangue e escreve muito bem, l
    lindo poema Estanislau! Luiza

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  2. Parabéns, nos seus versos, a poesia sobrevive...
    Abraços do CARLOS LÚCIO.

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  3. Terra roxa rocha terra sobe pelos pés marca mais que a pela marca o coração...nascido e criado desde guri vendo o rocho do meu sertão... Adorei seu poema

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  4. Stan. Lindo demais. Dartagnan

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  5. Está muito perfeito!!! Adorei!!! - Maria Ventania

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  6. A necessidade do caminhar aceita qualquer terreno, assim como o poeta, precisa expressar suas emoções, e claro compartilhar.

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  7. Magnífica obra! Nem sempre coração e pés têm a mesma sina,. aqui ambos tiveram. Amei!

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  8. Lindo texto, esmerada obra. Um brilho a mais nos olhos de que lê. Ficou maravilhoso, Stanislau.
    Abraço fraterno e ótima semana.

    Corina Sátiro

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