Não me perguntes sobre as cores daquela tarde chuvosa
em que segurei tuas mãos desfalecidas.
Não me perguntes onde estão as flores oprimidas por teus olhos áridos.
Vi teus lábios se contorcerem naquela manhã apática, mas meus olhos,
envoltos por nuvens escuras enxergavam luminosidade leniente,
enquanto tu eras presságio, peça sem costura.
E quando diante do espelho vi uma imagem distorcida,
olhar oblíquo, não te reconheci.
Fescenina e réproba, tua melopéia feriram meus tímpanos,
ímpetos de evadir se apossaram dos meus sentidos,
todavia, os membros arrefecidos, não obedeceram ao comando
desse coração singular.
Então não me perguntes mais sobre meu silêncio apartado,
sei que tuas lágrimas não movem nada móvel
e não comovem as fímbrias das tenras flores do jardim prometido.
Os grilhões desse ajoujo não são de hoje, vem de épocas remotas,
apanágio atávico em estágio de mutação.
Portanto não me perguntes mais em que paisagem meu coração se desviou,
a incerteza é minha companheira nessas horas desmedidas.
Este é o primeiro poema do livro Estrelas.
Que tem ainda A Moça do Violoncelo (contos de mistérios), formando dois livros em um, com duas capas em papel laminado, 176 páginas R$25,00 sem mais despesas.
Formidável, j.Estanislal!
ResponderExcluirObrigado pela leitura, Leia, volte sempre. Abraço.
ResponderExcluirBrilhante. Não me pergunte o porquê, mas gostei muito. Senti o quê de alivio, de doçura, de perguntas dos porquês e da razão de escrever tanto!
ResponderExcluirGrato pela generosa presença, Carlos. Abraço.
ExcluirPosso não perguntar, mas posso aplaudir.
ResponderExcluirParabéns!
D'us te aençoe!
Obrigado, Bosco, volte sempre. Abraço.
ExcluirShow, véi. Só não gostei da foto de baixo.
ResponderExcluirIolanda
Valeu, docinho de leite. Sua presença é sempre bem-vinda, lá da bela Fortaleza. Abraço.
ExcluirAtendendo sua opinião, deletei a foto da mulher.
ExcluirBelo, mas, a foto da mulher está feia, Stan!
ResponderExcluirLevanto em consideração a sua crítica, exclui a imagem da mulher semi-nua.
ExcluirAgora, ficou show, mesmo, Stan! Meus parabéns!
ExcluirTudo para agradar leitoras e leitores. Obrigado pela crítica generosa.
ExcluirBom dia ! Eu quem agradeço sua gentil consideração para meu comentário, Escritor Stan. Grata. Luiza
ExcluirValeu, amiga.
Excluirbravo!
ResponderExcluirObrigado, Elaene. Sempre bem-vinda. Abraço.
ResponderExcluirLindo poema. Os seus versos me inspiram.
ResponderExcluirObrigado Maria, bom saber. Volte sempre.
ExcluirSimplesmente magistral!! Transmite uma emoção que senti por aqui!! Parabéns e obrigado pelo momento!!
ResponderExcluirEu quem agradece a sua leitura e as palavras generosas, Arnaldo. Seja sempre bem-vindo.
ExcluirBelíssimo poema poeta querido,versos encantadores que apaixonam ,abraço em poesia .
ResponderExcluirObrigado amiga e parceira de letras. Sempre bem-vinda.
ResponderExcluirUma bela poesia, Estan. Abraços, poeta.
ResponderExcluiroi Estanislau... que bela a sua poesia... abração === > === >
ResponderExcluirGosto de amigos que têm mentes independentes, porque fazem você ver os problemas por todos os ângulos.
[NELSON MANDELA]
Bom dia André, grato pelas generosas palavras. Volte sempre.
ResponderExcluirNem ouso perguntar de onde veio essa inspiração. De qq. forma o brilhantismo, talento, está presente em cada linha. Aplausos!!
ResponderExcluirEm alguns trechos, pelas palavras presentes me veio a mente Augusto dos Anjos!! Tenha um bom dia!!
Obrigado, Arnaldo. Sempre bem-vindo!
ExcluirBrilhante inspiração. Aplausos. Stan
ResponderExcluirGrato, amiga e parceira de letras. Bem-vinda, sempre!
ExcluirMaria Maria, sempre bem-vinda! Abração.
ResponderExcluirMuito bom, amigo! Amplo e ao mesmo tempo conciso, uma linguagem floridamente poética... Parabéns, da Beatriz.
ResponderExcluirGrato pela generosa presença, Beatriz. Abraço fraterno.
ExcluirParabéns pela excelencia da criatividade.
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