O homem encontrava-se encostado a um poste de luz, quando um bando de pardais o amarrou com fios resistentes de fibra de sisal.
Com uma rapidez inominável, o bando volteou os fios ao poste, imobilizando o cidadão. Em seguida puseram-se a bicá-lo. Primeiro devoraram seus pés. E o homem respirava. Em seguida as pernas e os braços.
Aos poucos foi se formando uma multidão de pessoas, que observavam o espetáculo.
Enquanto bicavam o corpo do homem, os pardais cantavam, atraindo mais pardais. O homem continuava respirando, mesmo quando os pardais começaram a abrir sua barriga com bicadas cada vez mais famintas e ferozes. A sua respiração enfraquecia. A multidão observava com o misto de prazer e compaixão.
Mesmo depois de ter o olho perfurado e comido, o homem continuava respirando, mas baixinho.
Quando se imaginava o homem em seus últimos estertores, pois os pardais arrancaram-lhe o coração e fugiram com ele no bico, o homem se desvencilhou dos fios que o prendia e caminhou silenciosamente pelas ruas com destino a...
Surreal...
ResponderExcluirReal...
Instigante...
O outro lado da poesia, do poeta, da vida...
Esta foi a ideia do texto, Leia. Obrigado pela leitura. Volte sempre.
ExcluirNossa! Quanta criatividade. Parabéns.
ResponderExcluirTião
Obrigado, Tião, seja sempre bem-vindo.
ExcluirNossa! Quanta criatividade Parabéns
ResponderExcluirAbraço
Tião
Vou sonhar com isso....
ResponderExcluirSerá um pesadelo, Suzana, leitora amiga e fiel parceira de etílicos.
ExcluirMeio chocante...
ResponderExcluirVocê achou?
ExcluirAchei sim!Maria Luiza Bremide
ResponderExcluirEntão, por favor, escreva o que sentiu. De que forma te chocou...
ExcluirLembrou-me um pouco o filme OS PÁSSAROS, de Alfred H. Adorei, muito interessante seu relato.
ResponderExcluirÉ verdade, Carlos Costa. Obrigado.
ExcluirTambém gostei - é bem criativo Stan***
ResponderExcluirObrigado, Lu. Volte sempre.
ExcluirIntrigante, cheio de criatividade. Muito bom seu texto.
ResponderExcluirBom ler seu comentário Calikcia. Volte sempre. Abraço.
Excluir