Despertei sob o olhar de ouro de axolotle, fixado diretamente aos meus olhos, como se pretendesse vazá-los. Ainda entorpecido, não o percebi de imediato. Esfreguei os olhos com os punhos cerrados e perguntei, o que está fazendo aqui?. Senti, obscuramente, que ele se esforçava para me passar uma mensagem.
Inteiramente desperto, vi-o se afastar, com andar desengonçado. Então me lembrei de tê-lo visto no aquário da rua Bahia, com os olhos e bocas colados ao vidro, pedindo-me para libertá-lo daquela prisão.
Talvez tenha vindo para me agradecer. Compreendi a necessidade de sair da minha clausura.
J Estanislau Filho
Vem aí: A Moça do Violoncelo (contos de suspense) - Estrelas Dois livros em um (Poemas). Textos inéditos.
Parabéns por essa bela metáfora. Muito obrigado. Tião
ResponderExcluirObrigado Sebastião Verly. Abraço.
ExcluirQuem sabe veio mesmo .Liberte-se!Beijo em seu coração...Maria Luiza...
ResponderExcluirValeu Maria Luiza. Beijos.
ExcluirSuper criativo! Gostei!
ResponderExcluirObrigado, Carlos. Volte sempre.
ExcluirBem interessante mesmo!
ResponderExcluirVolte sempre, poeta!
ExcluirInteressante e criativo. Gostei da palavra intorpecido, pois é assim mesmo a vida de muitas pessoas...
ResponderExcluirParabéns!
Obrigado, Maria José, seja sempre bem-vinda. Abraço.
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