O amor por Julieta foi a essência de tempestade que necessitava naqueles dias obscuros. Um turbilhão de sentimentos desordenados o levou até ela, que o acolheu, como quem também precisava de estímulos, para despachar carências e medos. A tempestade era só uma cobertura frágil, um glacê que se desmancha ao suave toque de mãos inocentes; vidro que se quebra com a aragem.
Estava convencido que Julieta o tiraria daquela morbidez. Traçou tática e estratégia de conquista. Ela era poeta, a melhor poeta do planeta naqueles dias em que o sol começou a penetrar nas frestas de seu muro. Uma poeta! Poetisa não era a forma adequada de nomear aquela mulher encantadora. Acessava diariamente a página da musa inspiradora, para ver suas fotos. Passava horas contemplando, imaginando um encontro... e se derretia como manteiga em frigideira sob o fogo da paixão incomensurável. Tecia longos elogios aos poemas e à poeta distante. Contudo, Julieta não deu azo à sua fértil imaginação. Como Florentino Ariza jurou esperá-la enquanto lhe restasse um sopro de vida. Até o dia em que Julieta parou de responder as suas mensagens. Caiu em si. Doeu fundo a perda de seu primeiro amor virtual.
Não, ele não a perdeu, pois nunca a teve.Do livro Crônica do Amor Virtual e Outros Encontros.
Adquira-o em www.protexto.com.br
O que não temos, permanece impregnado na memória, como um sonho distante, porém, quase palpável. Maravilhosa esta crônica Stan. Já havia lido no livro. Beijo.
ResponderExcluirÉ isso aí, Nana. Abraço.
ExcluirImagina se Julieta abre-se para ele...logo seria descartada como carta coringa. Tua crônica perfeita...quantas vezes nos enganamos, mas quantas vezes surge um amor de verdade em meio a estes dias obscuros e tempestades. Talvez Julieta seja tão só no sentimento dela mesma que não poderia jamais corresponder. Parabéns meu amigo por este texto tão bem produzido. Beijoss, Junya
ResponderExcluirÉ isso aí, Junya. bjs
ExcluirBom demais te ler..abraços querido!
ResponderExcluirObrigado, Alice, volte sempre.
ExcluirUma crônica linda demais Stan*****
ResponderExcluirObrigado, Luiza De Marillac Bessa Luna Michel.
ExcluirOlá amigo J. Estanislau. Obrigada pelo convite. Gostei de ler a sua crônica muito bem narrada, é isso poeta; se nos enganamos com uma situação real, imagine no virtual, mesmo assim o amor acontece.
ResponderExcluirAbçs e bom findi!
Diná
Obrigado, Diná. Vamos interagindo e aprendendo. Abraço.
ExcluirNada como sonhar com um amor exato e viver na esperança de realizá-lo! Mas... por ser criado por nossas expectativas, a realidade bate a nossa porta e nos acorda, às vezes, no melhor do sono!!!!! Maravilhosa crônica, amigo poeta! Um abraço! Angela Lara
ResponderExcluirCom dizia Raul, sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só; sonho que se sonha junto é realidade. Obrigado, Angela, pela generosa leitura. Volte sempre. Abraço.
ExcluirCom dizia Raul, sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só; sonho que se sonha junto é realidade. Obrigado, Angela, pela generosa leitura. Volte sempre. Abraço.
Excluir