Desce o inverno na alma,
mesmo num calor de deserto
adentrando a noite sombria
sem nenhuma sombra por perto
A penumbra toma conta de tudo,
deixando as flores murchas na sala
e o vinho esquecido na taça
repousa sozinho, sem cor e sem graça
A brisa noturna balança as cortinas,
abana os medos e os corações solitários
reavivando a memória de sonhos guardados
trancados a sete chaves, como num relicário
A noite avança e o sono não chega,
o silêncio atrevido se instala de vez,
silenciando a alma e seus pensamentos
dos desejos contidos, sufocados outra vez
Os olhos cansados relutam,
tentando livrar-se da insônia indiscreta
que reina absoluta nas horas da noite,
deixando o coração acelerado e alerta!
Neusa Conti Staut
Obrigada amigo poeta pelo carinho e delicadeza, em postar no seu belo blog poema meu. Sinto-me feliz e agradecida! Um abraço
ResponderExcluirUm prazer tê-la em meu blog, Neusa. Abraço.
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