merô mora em lavras
lapida palavras
como joias raras.
merô faz apontamentos de viagens
em forma de canções perfumadas...
imagens lúdicas elucidam paisagens.
merô tece geografia
em fátima e alexandria
em frança não se cansa de construir simetrias
incunábulos aurifúlgidos
flavescência de pura essência.
manda cartas às amigas aos amigos e parentes
(entre parênteses)
explica detalhes sem rebotalhos.
em grécia seus versos escandi
e não escondem atalhos.
madrépora de recife.
em buenos aires
respira ares carioca - quem diria -
mineira chegada da alemanha
de manhãs frias.
merô
brasileira de lavras
cornucópia espalhando matizes de sua lavra
para o mundo.
J Estanislau Filho
Saudades da Merô!!! Linda homenagem ainda em vida! abraços, chica
ResponderExcluirCom Merô fiz bons debates literários e políticas. De alto nível.
ResponderExcluirOlá, eu sempre soube que ela com sua sensibilidade, inteligência, humanidade foi presente na vida de muita gente, e ver que mesmo depois de ela ter ido embora ela contina 'tocando" as pessoas.
ResponderExcluirA saudadade é grande.
Olá, Regina, obrigado pela visita. Eu escrevi esta homenagem para a Maria Olímpia ainda quando ela estava viva. Nada contra homenagear os que se foram, mas gosto de mostrar minha admiração às pessoas, em vida, preferencialmente. Eu e Merô fazíamos sempre bons debates sobre política, estética, transcendência... em alto nível. Nossas diferenças ideológicas, em alguns momentos antagônicas, não nos impedíamos dialogar, um diálogo profícuo, de crescimento. Seja sempre bem-vinda.
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