"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderias: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"
Friedrich Nietzsche
não é falta de rumo
nem falta de assunto ou cansaço
é preguiça mesmo de falar pras paredes
nas redes que de sociais apenas o nome
mais consome energia
algoritmo semântico
da luta de classes
não é falta de rumo
em resumo é o barco à deriva
com fanáticos verde-oliva no timão
e as mentiras deslavadas
de quem não lava nada
é o fim do mundo não
pois o mundo dá voltas
ora em coma
ora em festa
em terra plana
plena de seu retorno
há que se ter nervos de aço
de assumir compromisso
com a verdade dos fatos
não é falta de rumo
é para onde vamos
[alguns poucos não]
com os corpos mutilados
num abraço de afogados
J Estanislau Filho
Stan, boa tarde. Acredite, onde houver Vida e Movimento, eu aceitaria viver novamente cada dor e cada alegria, exatamente como está agora. Quero essa chancela para mim... E seu poema maravilhoso, em linhas, onde o abraço existe, ainda que afogados... Meus parabéns e um abraço com admiração poética.
ResponderExcluirAh quanta bondade, Luiza. Sempre bom ler seus comentários. Bem-vinda, amiga e parceira de letras.
ExcluirO essencial é invisivel aos olhos. (Saint Exupery)
ResponderExcluirSó os poetas é que traduzem o que vêem além da luz "terrena".
HGCarvalho
Obrigado, Heitor, pela leitura que muito me honra. Volte mais vezes.
ExcluirFÁBIO JOSÉ DAMASCENO PADRE: HOMENAGEM pós-mortem e LOUVOR AO meu amigo de Seminário de Juiz de Fora
ResponderExcluirMinhas lembranças anos 1980
José João Bosco Pereira
Do tempo do Padre Fábio no seminário em Juiz de Fora MG
Entre 1981 e 1986
O QUE ME LEMBRA
CADA AMIGO PADRE
QUE ORDENOU
E FOI SEMINARISTA COMIGO:
* Padre Fábio Damasceno - de Cassiterita - Diocese de São João del-Rei, MG
Violão e voz
em solfejos e em solo mio! _______ https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/7131874
Farei uma visita. Grato pela partilha!
Excluirhttps://br.pinterest.com/pin/381187555966046487/
ResponderExcluirGrato pela partilha!
ExcluirA cada tempo uma cruz, a cada tempo uma luz, e nesse lusco-fusco é que a vida seduz, ora deus ora diabo, sempre volto e me acabo, entre nababos e pobres-diabos. E assim caminha a (des)humanidade. Até lá, amigo!!
ResponderExcluirEstamos juntos, Arnaldo. Bom dia!
ExcluirMuito belo texto do filósofo como a sua poesia. Muitos esquecem da ampulheta da vida, da roda da vida...Muitos nasceram para fazer outro ser humano infeliz, com o sadismo e narcisismo. E pior ainda se tiver algum poder nas mãos. Aplausos mil
ResponderExcluirGratidão, amiga e parceira de letras. Abraço fraterno.
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