Meu amigo vira-lata, ao me ver de cara amarrada,
vira a cara.
Faz greve, não vira lata,
não derruba objetos,
não revira o lixo.
E se enrosca em sua toca,
não troca carícias, não toca a ração.
Que cão cheio de manhas!
Mas se assanha quando grito:
“saia já daí e vamos passear”.
Com seu focinho frio,
toca meu rosto, me lambe.
Sinto arrepios.
Feliz, cheira meus livros, sobe na poltrona,
faz xixi no tapete.
Late!
Dá-me uma vontade dar-lhe um tabefe.
De tão feliz se esquece de usar o xixizeiro.
Deixo o tapete de molho e andamos pelas ruas de olhos em tudo,
e se alguém se aproxima, para falar comigo
late e me fita, como se dissesse:
“fique tranquilo, aqui estou para defender meu amigo”.
Depois de intensa caminhada, voltamos para casa.
Ele quer água e comida na mesa.
(Cão folgado, ainda faz cara feia!).
Come, bebe água, come mais, bebe mais e de barriga cheia,
vai dormir, depois de me sorrir.
Cai em sono profundo...
Entra em outro mundo.
Um mundo de sonhos, pois rosna dormindo,
abana o rabo, as pernas se abrindo.
Cão sem rabo é como árvore sem galhos.
Chega mesmo a latir.
Sonha que sou um vira-latão.
Ah, como gosto desse vira-lata.
vira a cara.
Faz greve, não vira lata,
não derruba objetos,
não revira o lixo.
E se enrosca em sua toca,
não troca carícias, não toca a ração.
Que cão cheio de manhas!
Mas se assanha quando grito:
“saia já daí e vamos passear”.
Com seu focinho frio,
toca meu rosto, me lambe.
Sinto arrepios.
Feliz, cheira meus livros, sobe na poltrona,
faz xixi no tapete.
Late!
Dá-me uma vontade dar-lhe um tabefe.
De tão feliz se esquece de usar o xixizeiro.
Deixo o tapete de molho e andamos pelas ruas de olhos em tudo,
e se alguém se aproxima, para falar comigo
late e me fita, como se dissesse:
“fique tranquilo, aqui estou para defender meu amigo”.
Depois de intensa caminhada, voltamos para casa.
Ele quer água e comida na mesa.
(Cão folgado, ainda faz cara feia!).
Come, bebe água, come mais, bebe mais e de barriga cheia,
vai dormir, depois de me sorrir.
Cai em sono profundo...
Entra em outro mundo.
Um mundo de sonhos, pois rosna dormindo,
abana o rabo, as pernas se abrindo.
Cão sem rabo é como árvore sem galhos.
Chega mesmo a latir.
Sonha que sou um vira-latão.
Ah, como gosto desse vira-lata.
J Estanislau Filho
Do meu livro Palavras de Amor
Luiza De Marillac Michel É um dos melhores amigos que podemos ter, querido parceiro das letras. Meus parabéns e um abraço com carinho de sempre
ResponderExcluirObrigado 🙏 sempre bem-vinda
ExcluirUm animal é puro amor e lealdade. Tenho 2 gatos, uma tartaruga e uma calopsita...Mataram meu lindo cachorro...Aplausos mil
ResponderExcluirObrigado pela presença, Norma!
ExcluirEu já tinha lido e, agora, relendo, gostei de novo. É vivo, terno, companheiro.
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