coração aberto, alma lavada,
distante da fúria urbana,
rosto colado nas nuvens,
um homem contempla a paisagem
no topo da Serra do Cipó.
Onde Deus não é ranzinza,
não outorga ideias caretas,
onde Deus é a Natureza
: cachoeiras, flores arrebentando nas pedras,
explodindo cores,
Deus é o relâmpago, o trovão, a chuva,
o sol, a lua, estrelas,
onde o tempo se manifesta de forma indelével
e o homem vale tanto quanto a mais tenra planta.
A borboleta, que antes era uma crisálida
voa lépida de um lado ao outro
compondo o cenário.
A água brota da terra e escorre,
cai sobre montanhas de pedras,
vira cachoeiras e por onde passa
deixa um rastro de beleza,
que se torna ainda mais bela com o desfile de três mulheres nuas
de cabelos enfeitados por flores do cerrado.
J Estanislau Filho - do livro Todos os Dias são Úteis - Edição do Autor - 2009 - esgotado.
A beleza do Amor plasmado em letras, nesta esplosão de sensibilidade e doação captada pelo poeta..A natureza é sempre bela, acolhedora, fiel, generosa, sábia educadora..
ResponderExcluirOração em Poema..
Uma jóia que ensina..
As três mulheres descritas no poema de forma surprendente, serão as três Marias que se vê no céu? Rsrs
ResponderExcluirPois assim como ensima, é embaixo.
Abraço querido poeta.
É isso mesmo, Alice. Abraço, querida.
ResponderExcluirSempre uma alegria tê-la aqui, lendo estas mal traçadas linhas, Junya. Bjs
ExcluirHummm que beleza em linhas tão delicadas. A Natureza em toda sua integridade é divina! Um beijo, Junya
ResponderExcluirE as flores do cerrado se sentem plenamente enfeitadas, com estes versos tão especiais, lindo poema, Poeta*****, abraço poético da Luiza
ResponderExcluirObrigado, amiga e fiel leitora. Seja sempre bem-vinda.
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