sábado, 22 de fevereiro de 2025

História e Estória


Imagem: G1

A ideologia dominante é a ideologia da classe dominante

Karl Marx


É algo fácil de entender, mas muitos não entendem. Por quê?  É falta de conhecimento da história de mentes dominadas pela ideologia da classe dominante!  Mentes alienadas e mistificadas por estórias, narrativas falsas.

     A classe dominante é dona dos meios de produção: fábricas, usinas, terras, bancos, jornais, rádios, canais de tv.  Dona, também das big techs: Google, Facebook, X, Instagran, Youtube... Esta pequena galera,  1% da população mundial, espalha as ideias que nos convencem de como devemos nos comportar.

     Todas as vezes  que um governo popular é eleito e tenta fazer políticas de inclusão social, esta pequena galera o derruba.  É assim em todos os países capitalistas. O Brasil não escapa da ação desses mafiosos. Quando Getúlio Vargas começou a incluir o povo no orçamento, essa galera o levou ao suicídio,  por meio de calúnias e difamações. Quando João Goulart (o Jango) decidiu fazer as reformas de base, foi apeado do governo num golpe de estado, que durou quase três décadas. Em seguida foi a vez da Dilma. Lula, aos trancos e barrancos conseguiu terminar dois mandatos. Há que se registrar, ter feito concessões  à classe dominante.  Nesse terceiro mandato, essa minoria o boicota noite e dia.  

     "Se o Brasil não cresce, está mal. Se cresce, está pior. Se o governo age, é intervencionista. Se não age, é omisso. Se Lula fala, está errado. Se se cala, está se omitindo. Se gera emprego, pressiona a inflação. Se não gera, é um fracasso. Se aumenta a renda, causa medo de descontrole. Se empobrece, é cruel. A linha editorial da imprensa golpista é sempre o antilulismo, criando narrativas que descredibilizam o governo"  (Rodolfo de Vasconcelos).

     Não é complicado entender, mistificados pelo massacre de desinformações, ameaças de toda natureza e meias verdades, sendo que meias verdades implicam meias mentiras, nós, o povo, feitas a exceções de praxe, passamos a defender quem quer o nosso sofrimento.


J Estanislau Filho 


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Agradecimento







Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio dos luceros, que cuando los abro,
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en el alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo

Violeta Parra Sandoval

 

Amaldiçoamos um mundo de coisas: o sol inclemente ou a falta dele; a chuva ou a sua ausência. Amaldiçoamos as dificuldades da vida e até mesmo por termos nascidos; amaldiçoamos nossos pais e a pátria; a Deus por nos ter jogado nesse mundo de injustiças. Praguejamos contra os políticos, corruptos ou não, chamando-os de farinha do mesmo saco; não temos saco de suportar o vizinho ou o mendigo. Selecionamos alvos preferenciais, para destilar nossos ódios. Nos insurgimos contra as árvores, que oxigenam o ar e nos fornecem sombras. Como bestas-feras destruímos reputações com calúnias. Nestes tempos virtuais, criamos ou compartilhamos notícias falsas, produzidas por fake's news. Em meio a esta cegueira coletiva, nos tornamos cães raivosos.

Não, não se pode generalizar. Há muita gente que pratica a solidariedade; que se coloca no lugar do outro. Há quem vê a vida como dádiva.

Eu queria escrever uma crônica que comovesse as pessoas; que as convencesse de que a bondade gera bondade e transforma o mundo. Tenho consciência de que é uma luta desigual, nada fácil. A força contrária não é invencível, mas é necessário conhecer sua estratégia. A maldade, assim como o ódio, são armas produzidas, para garantir uma hegemonia, que não se comove com o sofrimento de outros seres. Não sejamos tolos, até porque, bondade não é sinônimo de tolice.




"A bondade em palavras cria confiança;
a bondade em pensamento cria profundidade;
a bondade em dádiva cria amor."

Lao-Tsé

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar".

Nelson Mandela

Dito isso, volto ao tema do agradecimento. Como não agradecer a terra, que germina o grão, que se transforma em nosso pão de cada dia? A água que jorra e sacia a sede; o sol que aquece; a brisa que alivia o calor. Agradeçamos a vida que nos foi concedida; aos pais, que nos ensinaram os primeiros passos; as professoras e professores a nos mostrar o mundo mágico das letras, dos números; o primeiro flerte; os políticos, que elaboraram bons projetos de inclusão social.

Tenho muitas dívidas de gratidão, que é impossível citar nomes. Por isso, como símbolo de minha gratidão à vida, deixo impresso no coração de cada uma e de cada um, que ler esta singela crônica, um fragmento da Prece para oferenda de luz:



Ó grande e compassivo Buda!
Neste mundo,
Existem pessoas que precisam de tua luz
para que virem a página de seus problemas;
Existem pessoas que precisam de tua luz
Para que reflitam e se autoconheçam;
Existem pessoas que precisam de tua luz
De bondade e honestidade;
Existem pessoas que precisam de tua luz

J Estanislau Filho