sábado, 22 de janeiro de 2022

Das Minhas Lembranças 21

 

A participação política nos leva a refletir sobre o que acontece na sociedade, consequentemente às ações humanas. E se for visando o bem comum, melhor. Mas nem sempre é assim. Ao se filiar a um partido político, decidimos pelo que melhor representa os nossos princípios. Quando contribuímos na construção de um, formulamos programas de governo. Não é tarefa simples, pois, para se chegar a um programa, que atenda aos princípios de seus fundadores é necessário muita conversa, debates. Depois de cumprir uma série de exigências da legislação eleitoral, vem o registro junto ao TSE.

        O Partido dos Trabalhadores foi criado com o objetivo de representar os interesses da classe trabalhadora. Por isso, lá no início existiam os núcleos de base, para que filiados e simpatizantes pudessem fazer propostas. Isso, infelizmente, não se pratica mais.

     Em 1992 uns poucos núcleos ainda resistiam. Foi o ano em que decidi me candidatar a vereador em Contagem, tendo, pela segunda vez, Nilmário Miranda como candidato a prefeito. Para a formação da chapa de vereadores, um dos critérios era de que os filiados mais antigos tinham preferência, que era o meu caso. Embora eu soubesse não ter chances de me eleger, meu primeiro desejo foi o de sentir na pele o que é ser candidato. Queria passar por esta experiência. Ser xingado ou admirado.  Foi uma experiência e tanto. 

    Outro motivo que me levou a candidatar foi quando o José Lopes (Guinho) e Geraldo Bernardes me procuraram para informar que Nilmário articulava a candidatura de Idelson, que se filiara naquele ano, "caindo de para quedas", como se dizia dos candidatos "arranjados". Nilmário reuniu-se na casa de Geraldo, que me convidou para a reunião. A minha candidatura se consolidou naquele dia. Era uma forma de contrapor à candidatura do recém filiado Idelson. 

   Quando alguns companheiros e companheiras souberam da minha candidatura, me procuraram para apoiar: Além de Geraldo e Guinho, que já estavam engajados, Berzé me procurou e me ajudou na confecção de três boletins; em seguida chegaram Raquel Monteiro, Luis, Vando, Donato Milanêz, Aluízio Ângelo, Sebastião Maria, que fez uma ponte com Imiramis, candidata em Belo Horizonte, com quem subi ao palanque, ao lado de Patrus Ananias, candidato a prefeito de BH. Para o comício no bairro Itatiaia (BH), fui de carona,   com Nilmário e Tilden Santiago.




       Assim, sem grana e com pouco tempo,  pois trabalhava numa empresa privada, sem direito aos noventa dias de licença, como os funcionários públicos, minha campanha foi ganhando forma, agregando apoios. Lico, irmão de Geraldo Bernardes revelou-se um ótimo boca de urna e contribuiu  com  a minha melhor votação, na Escola Maria do Amparo. Carlos Azevedo, o Carlinhos, que morava bem em frente da escola, autorizou-me colocar uma faixa. Sem a participação gratuita desses companheiros e companheiras, eu não teria alcançado meus 175 votos, que contribuíram na primeira eleição de Letícia da Penha, professora, com atuação no bairro Riacho das Pedras.






J Estanislau Filho


sábado, 8 de janeiro de 2022

O Vírus e o Verme

Imagem: Brasil de Fato

A pandemia da covid-19  produziu alguma coisa que tornou a espécie humana melhor?  Tenho minhas dúvidas.  Pra começo de conversa o número de mortos no mundo ultrapassou os 5 milhões, enquanto na nossa  Pátria Amada ultrapassa as 620 mil vidas ceifadas.  Uma tragédia.  Multiplica esses números por pelo menos três,  considerando a média do número das  famílias enlutadas.  Muita dor espalhada. 

     Um vírus que não consegue intubar um verme, como Bolsonaro, não pode mesmo produzir nada de bom. Pior:   segundo as pesquisas, o genocida ainda tem mais de 20% de aprovação.  Parece brincadeira. Vinte por cento de cafajestes apoiando um! Como ser otimista diante desta situação? Aí um filhote do mito  grita: e o Lulaladrão?   Peraí, ô imbecil, há mais de dez anos que Lula não governa! A vontade é responder no mesmo nível: Vai mamar  mamadeira de piroca! Mas me contenho. E replico: a gente cobra resultados de quem governa.   E o Lula já foi inocentado, provou que Moro é um juiz parcial.  Pior, um juiz ladrão,  a serviço de interesses dos  Estados Unidos. O que sempre fez foi política.  Mais que provado, ao tornar-se ministro de Bolsonaro e, agora, candidato. 

     Entre tantos efeitos negativos, o vírus trouxe o aumento do desemprego, que já era grande antes de sua chegada trágica; quebrou empresas (mas não só o vírus fez isso, Moro,  Dallagnol e os lavajatistas também deram suas contribuições); obrigou-nos ao incômodo do uso de máscaras; a ficar em casa ou isolados socialmente; sem poder abraçar amigos e parentes, viajar. 

     Este é um governo de muitos vermes. Estão confortavelmente instalados nos ministérios, destruindo o meio ambiente, a cultura, a educação. Disseminando notícias falsas nas redes sociais. 



Imagem: Google

     

J Estanislau Filho