Os dias do futuro se erguem à nossa frente
como círios acesos, em fileira –
círios dourados, cálidos e vivos.
Os dias idos ficaram para trás,
triste fila de círios apagados;
os mais próximos ainda fumaceiam,
círios pensos e frios e derretidos.
Não quero vê-los, que me aflige os seu aspecto.
Aflige-me lembrar a sua luz de outrora.
Contemplo, adiante, os meus círios acesos.
Não quero olhar para trás e, trêmulo, notar
como se alonga depressa a fileira sombria,
como crescem depressa os círios apagados.
Konstantinos Kaváfis
Parabéns Estanislau! sua genialidade em escrever, equipara-se com suas excelentes escolhas, nas partilhas!
ResponderExcluirDesejo muita luz no seu caminho!
Este poeta grego é incrível, muito bom. Conheço poucos versos dele, mas todos bons. Grato, Leia. Volte sempre. Abraço.
ExcluirQue gentileza um grande escritor postar esse lindo poema de outro amigo poeta.Isso que e grandeza na alma .Beijos no coração e que Deus sempre te abençoe cada vez mais.maria Luiza...
ResponderExcluir"Como crescem depressa os círios apagados..."
ResponderExcluirObrigada pela postagem de bela e reflexiva poesia, poeta amigo. Paz à ti! Abraço