segunda-feira, 15 de agosto de 2016

entre quatro paredes



entre quatro paredes

o grito foi
de prazer talvez
não sei


ouvi seu gemido
senti seu espasmo
seria orgasmo?

sei da cor dos olhos
vermelhos vermelhos
tristeza quem sabe

pediu copo d’água
sorriu enigmática
demos uma trégua

lençol molhado
no chão a toalha
silêncio calha

frente a frente
lado a lado
petrificados

daí a pouco
o som rouco
eriça os pelos

finda o marasmo
molambos criam
zoeira e orgasmo.




Poema do livro Palavras de Amor - página 98 - Editora 24 horas


No ar o meu mais recente lançamento:

Dois livros em um, pelo preço de um: R$25,00

14 comentários:

  1. Sempre irreverente. Formidável, Estanislau. Adorei. Abraço.

    ResponderExcluir
  2. Obrigado, amiga, sua presença me traz alegria.

    ResponderExcluir
  3. Irreverente sim! Mas genial criação, também. Parabéns pelo seu gozo poético!

    ResponderExcluir
  4. Você é um dos meus escritores prediletos. Inclui você na relação de maiores escritores de minha vida.

    ResponderExcluir
  5. Querido Estanislau Filho:
    Que beleza de poema que transcende o imaginário!
    Obrigada! Carinhos poéticos!

    ResponderExcluir
  6. Grato pelo amável presença, Ametista. Seja sempre bem-vinda. Abraço.

    ResponderExcluir
  7. MUITO BELA E INSTIGATÓRIA A SUA POESIA. ENTRE QUATRO PAREDES TUDO PODE ACONTECER, O BOM E O RUIM TAMBÉM. A GENTE TORCE PARA QUE TUDO SEJA AMOR, PAZ E HARMONIA. APLAUSOS MIL

    ResponderExcluir
  8. É isso Norma.Ás vezes petrificado ante o olhar do outro, da outra. Grato pela presença. Abraço.

    ResponderExcluir
  9. Cada um sabe o que acontece entre quatro paredes,Quanto bom quanto ruim.Abraço poeta.Maria Luiza ...

    ResponderExcluir
  10. Obrigado pela presença, amiga Maria Luiza. Abraço.

    ResponderExcluir