domingo, 1 de outubro de 2023

Dois poemas sobre ruptura amorosa


Imagem: Google


TENTEI


Tentei fazê-la entender que o amor...


Morre quando a chama apaga!
Pela luz que me ilumina,
Esse ser agora me abomina,
Vive a me jogar praga!


Tentei dizer como disse o poeta...


“O coração tem razão que a razão desconhece”
Que um raio caia sobre mim,
Se as juras de amor sem fim,
Sobrevive ao coração que fenece!


Tentei, ah como tentei ser transparente...


Foi de todas as maneiras!
Até disse em letras garrafais:
- Eu não te amo mais!
Vai destilar ódio a vida inteira,
Nesse amor que ficou para trás!


Imagem: Jefil



CARTA DE ALFORRIA


Não sou escravo da lascívia de qualquer  pessoa.
Múltiplo ser na multidão ecoa.
Não sou depósito
De expectativas alheias,
Muito menos de propósitos espúrios.
Não me prendo a horários.
Não sou canário em gaiola.
Não tenho argolas
Nos pés, a leveza do vento.
Tenho na boca a rosa do povo.
No coração o luar atento,
Coberto da cabeça aos pés pelo brilho do sol,
Ainda que chova.


J Estanislau Filho

Os dois poemas integram o livro Estrelas

4 comentários:

  1. Quando não dar e melhor assim por mais que doa .seguir em frente .uma lindeza de poema.Aplausos aqui de Cachoeiro.Maria Luiza

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    1. Grato por me prestigiar. Sempre bem-vinda!

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  2. Mas disto fica aquela verdade, temos que aprender com todos os amores que passam, todos nos deixam lições e até perder alguém de vista também ė um aprendizado.
    Deixe sempre algo bom para quem encontra. Encante...Ame... Seja o melhor que puder. Aquilo vai passar,mas a doce lembrança dos momentos,ficam,se eternizam.
    Cuide dos seus detalhes...Cuide dos seus amores,cuide dos afetos. Cuide-se!
    Você arrasou como sempre... Parabéns querido escritor!!!

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