CINEMASCOPE
assediadores do sonho
propensos ao extermínio
mulheres perfuradas
por acrobacia macabra
interrogações sobrepostas
diante de filhos e filhas
dramaturgia em cinemascope
o choro da plateia
não remenda a sede de atalhos
a paz reside em úteros´
propensos ao extermínio
mulheres perfuradas
por acrobacia macabra
interrogações sobrepostas
diante de filhos e filhas
dramaturgia em cinemascope
o choro da plateia
não remenda a sede de atalhos
a paz reside em úteros´
TEMPOS VIS
o verão da escrita
faz voar palavras
folhas verdes
faz voar palavras
folhas verdes
o outono da fala
as faz cair
folhas mortas
em tempos vis
palavras desfolham-se
Sobre a autora
Noélia Ribeiro, poeta pernambucana, nascida em Recife, formou-se em Letras pela UnB (Universidade de Brasília). Participou da exposição Poesia agora, na Caixa Cultural (RJ), e recebeu, da Secretaria de Cultura (DF), o Prêmio Igualdade de Gêneros na Cultura. É membra da Associação Nacional de Escritores (DF) e da União Brasileira de Escritores (RJ). Publicou os livros de poesia Expectativa (1982), Atarantada (Verbis, 2009), Escalafobética (Vidráguas, 2015), Espevitada (Penalux, 2017) e assim não vale (Arribaçã, 2022). Tem poemas publicados em antologias, jornais, revistas eletrônicas. A autora reside atualmente em Brasília (DF).


Não conhecia a poeta. Gostei dos poemas principalmente Tempos vis. Obrigada. Abraço Boa tarde.
ResponderExcluirGratidão.
ExcluirDois belíssimos poemas. Ambos nos tocam profundamente: como mulheres, como seres pensantes. "A paz reside em úteros" é forte e instigante. Gostei demais do trabalho da Poeta Noélia e aplaudo os dois trabalhos. Bela publicação, J. ! Parabéns pela seleção! Abraços
ResponderExcluirSempre bem-vinda.
ExcluirGostei muito. Ótimo trabalho. Grata por compartilhar. Abraço e ótima noite
ResponderExcluirCorina Sátiro
Valeu, Corina.
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