Meira Delmar
O silêncio me acordou.
Lá fora,
nem o leve tilintar de qualquer trinado,
nem mesmo o toque de uma folha
ficando para trás na fuga do outono.
Em casa, silenciosos,
os pequenos rangidos que a noite
descobre na floresta,
as vozes imprecisas da insônia,
os passos com os quais começa
suas jornadas durante o dia.
Entreabri a janela
e me encontrei com ela,
a primeira neve
daquele ano,
e também a primeira
de meus olhos.
Do alto chegava ou não chegava
um bando de jasmins sem folhas,
uma suave onda de brancura,
trêmula e transparente
e pensativa.
Um sim não é o que parecia
mais que presença
e plena certeza
a lembrança fugaz de outra lembrança
entrevista no sonho.
Quanto tempo passou
desde então
não sei.
Mas eu ainda estou lá atrás do vidro
vendo a neve cair ou não cair
a primeira daquele ano
e de meus olhos.
Lá fora,
nem o leve tilintar de qualquer trinado,
nem mesmo o toque de uma folha
ficando para trás na fuga do outono.
Em casa, silenciosos,
os pequenos rangidos que a noite
descobre na floresta,
as vozes imprecisas da insônia,
os passos com os quais começa
suas jornadas durante o dia.
Entreabri a janela
e me encontrei com ela,
a primeira neve
daquele ano,
e também a primeira
de meus olhos.
Do alto chegava ou não chegava
um bando de jasmins sem folhas,
uma suave onda de brancura,
trêmula e transparente
e pensativa.
Um sim não é o que parecia
mais que presença
e plena certeza
a lembrança fugaz de outra lembrança
entrevista no sonho.
Quanto tempo passou
desde então
não sei.
Mas eu ainda estou lá atrás do vidro
vendo a neve cair ou não cair
a primeira daquele ano
e de meus olhos.
Meira Delmar é reconhecida como uma das maiores poetas da Colômbia. Olga Chams Eljach, seu nome verdadeiro, nasceu em Barranquilla em 21 de abril de 1922, filha de pais libaneses.
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