quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Pequeninos carvoeiros

Imagem: Google



Silencia minha alma, coração,
como faz o vento ao balançar as folhas de árvores centenárias,
levando sossego às raízes.

Quero o silêncio das aves migratórias,
quero a paz dos corações bondosos
e dos amantes reconciliados.

Silencia minha alma, coração,
as respostas não cairão do céu,
para perguntas inviáveis.

Deixa o barco seguir o curso do rio,
mas como dói ver crianças com olhinhos de fumaça,
rostinhos de carvão.



J Estanislau Filho


Imagem: Google







9 comentários:

  1. Ótimo poema. Parecido com a crônica que lhe enviei. Um pouco de filosofia não faz mal a ninguém

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  2. Uma voz pelas crianças privadas da infância pelo egoísmo do homem. Parabéns pela poesia, Estan, humanista e sensível

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  3. Obrigado. Além de ótima escritora, você é excelente leitura. Forte abraço!

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  4. Parabéns, Estanislau, amigo querido, pelo seu emocionante poema às crianças sofridas! Beijos ternos

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