sexta-feira, 9 de agosto de 2019

um novo tempo




um novo tempo forjado
em êxtase cravado
nas mentes e nos corações

corpo livre dos grilhões da moral vigente
não dar mais satisfações
a opressores patrões
nem cantar no coro dos descontentes

liberdade liberdade liberdade
abriu as asas sobre nós
um novo tempo de amar sem medo
sem o apego visceral

corpo livre como o vento
"que balança as folhas do coqueiro"
traz notícias que o ventre
finalmente está livre
do arqueiro estúpido esculpido

nenhuma forma de prisão
de ventre ou de abraços
mesmo os lábios colados
[olhos atentos]
não interditarão os movimentos do corpo
solto na terra
no espaço
na cama...

J Estanislau Filho


Do livro Estrelas - página 24 - edição do autor 2015


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