sexta-feira, 10 de abril de 2020

Milho Verde






Ao viajar para Milho Verde
Tinha uma vaga ideia do lugar

Será que Milho Verde arde?
Será que faz frio por lá?

Pensava nas manhãs e tardes
Em noites de lua e de estrelas
Imaginava Milho Verde bela

A imaginação criou pernas
Seguiu por estradas próprias
Embrenhou em matas e cascatas
Viu quatis viu juritis
Cobras cabras calangos e tamanduás

A imaginação chegou primeiro lá
Em Milho Verde cravada
No topo da montanha...
Das montanhas gerais das minas
Com vistas para o Pico Itambé
 : Assim Milho Verde é

A imaginação viu coisas
Viu estradas vicinais
Viu pontes pedras viu sinais
De crateras de priscas eras

Viu pousadas e artesanatos
Viu comidas saborosas
Noites de lua e de frio

Já o coração menos apressado
Chegou bem depois
Reparou em cada detalhe
Mania esta do coração
De ver tudo com cuidado

Viu mais pessoas que coisas
Reparou pouco a pousada viu Jacira (*)
O Mauro contando causos...
Por trás do balcão do Armazém
É Rita que se admira

Mulheres de corações ternos
Uma negra outra branca
Ambas trabalhadoras
Conversa fácil e franca

No bar do Ademar tem o Ademar
Nas ruas de Milho Verde circulam crianças
Cachorros cavalos e bois
Que se misturam em perfeita harmonia
Compondo o ambiente de Milho Verde
Que tem no Bambuzinho bons vizinhos
E cultura que não se perde

Tem a Pousada do Morais e outras mais
Como a do André Luiz...
Milho Verde fica logo ali
Entre Diamantina e Serro
Em Minas Gerais
Não conhecê-la é um erro.


J Estanislau Filho

7 comentários:

  1. Parabéns, poeta! Descreveu com criatividade e sensibilidade a pequena Milho Verde.

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  2. Mutíssimo grato pela generosa presença, Maria.

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  3. Deu vontade de conhecer, estar lá!!

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    1. Boa tarde, Arnaldo. Assim que passar esta pandemia, agende um passeio a Diamantina (se ainda não conhece) em época de Vesperata. Aproveita e viite Milho Verde. Vai gostar. Abraço fraterno e, fique em casa!

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  4. Poesia linda. Queria ir para Milho Verde passear. Entendi que a alegria está por lá. Abraços!

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    1. Neide, prima querida, vale a pena, principalmente no festival de inverno, que não sei se terá este ano, por conta do coronavírus. Abraços.

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