segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Fátima Bernardes

Imagem: Google

Quando a Fátima Bernardes saiu do Jornal Nacional, aplaudi. No meu modo de entender,  ela não combinava nem um pouco com o seu parceiro de bancada, Bonner. Creio que ela não se sentia confortável ao lado de ator-marido. Sim, Willian Bonner é um ator. Não sabia, que por detrás da decisão de Fátima, tinha uma desavença amorosa. Desconfiei que o seu desconforto seria de natureza ideológica, pois o JN, desde o seu nascimento, faz um jornalismo canalha. O Willian Bonner é o que melhor cumpriu o papel de canastrão. Me lembro bem de sua atuação no chamado mensalão do PT.  A música de fundo, o cenário com montanhas de dinheiro saindo do esgoto, seus gestos acompanhados de palavras raivosas. Enquanto o Bonner gritava espumando ódio, a Fátima mantinha os gestos comedidos. Não sabemos, talvez não saberemos nunca os reais motivos do afastamento de Fátima do Jornal Nacional.  A TV Globo, que teve sua concessão pública concedida pela ditadura militar de  1964, para defendê-la e desde sempre faz um jornalismo seletivo, golpista.

     Consumado o golpe que afastou uma presidenta honesta, a Globo e toda mídia empresarial se concentraram num massacre contra o ex-presidente Lula, até que novas, eleições foram realizadas e um extremista de direita alçado à presidência. E o Bonner troca de papel. Sai o indignado e raivoso, para dar lugar ao bom rapaz, de voz suave, quase inaudível, sobre os eventos do novo governo. Um expectador atento observa a mudança.  O objetivo foi cumprido, não faz mais sentido a postura de ódio. Afinal o Jornal Nacional cumpriu o seu papel golpista, tem um governo que atende aos interesses da Globo e do sistema financeiro. Bolsonaro faz as patacoadas, para distrair a manada; Guedes vai privatizando tudo; Ricardo Sales abre a porteira pra boiada passar e o agro é pop a nos intoxicar, inclusive com fumaça.

     Mas e a Fátima Bernardes, título desta crônica, o que a levou a sair do JN? Você minha cara leitora, meu amigo leitor, tem um palpite?


J Estanislau Filho


Imagem: Google



 

5 comentários:

  1. Execelente, mais dina para mim que hpa mais de 10 anos não vejo TELEVISÃO DE JEITO NENHUM. Agradeço e parabenizo por conseguir uma síntese tão perfeita e agradável de ler. Vou repassar com prazer.

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    1. Eu também não via até recentemente. Aí a minha companheira gosta, acabo vendo de tabela. Abraço, Verly

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    2. Em tempo: A Maria Regina também não vê televisão. Muita gente deixou de ver, especialmente o jornalismo seletivo e canalha da mídia empresarial.

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  2. Difícil palpitar. Não fazemos parte dos bastidores, emitimos opinião pelo que observamos ou lemos, existe muita hipocrisia e interesse financeiro, além da política da empresa. O jornalismo da Globo é neoliberal, fascista, os trabalhadores que são responsáveis pelo progresso do país não tem relevância, são usados em algumas situações para proveito próprio. Fátima Bernades e Bonner incógnitas neste ambiente onde prevalece o poder e suas mazelas.

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    1. Pois é, meu amor. A Globo sabe bem em que lado ficar. Nós, tele-expecatores precisamos nos posicionar. Beijo.

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