domingo, 29 de novembro de 2020

Contando Estrelas


Imagem: Google


Noite passada contei estrelas.
Verrugas não nasceram.
Minha mãe, Dona Bela,
Teria me iludido?
Agora, depois de velho, ancião,
Descubro o que me fora escondido,
Tinha uma intensão,
Um objetivo:
Não importunar a Criação!

Eis que me vem a lembrança
Uma outra situação:
Minha mãe dizia que lá na lua,
A figura que eu via
Era São Jorge num cavalo,
Lutando com um dragão.

Hoje sei que são crateras,
Como as que ficaram em mim
Quando minha mãe partiu pra outra esfera

Imagem: minha mãe


J Estanislau Filho


No prelo: A Construção da Estrada de Ferro





 

27 comentários:

  1. Ah, amigo poeta, que ternura, nesse poema, na lembrança de sua mãe. Parabéns.

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  2. Muito sábia a Sra. Bela, hoje ela é sua maior estrela a repousar nos céus. *Não importunar a criação*. E as crateras são saudades de um tempo de muitas flores colhidas na Primavera de seus lindos jardins. Parabéns, Sempre. Um abraço.

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    1. Muito grato, Luiza, amiga e talentosa parceira de letras. Sempre bem-vinda.

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  3. Que lindo!...👋🏽👏🏾👏🏾

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  4. Essas nossas mães!rsrs assim como D.Bela, qmuitas mães criavam historinhas para aguçar nossa imaginação! Feliz de verdade foram nós, crianças que acreditavam!

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    1. Dona Aparecida tem muita coisa em comum com a Dona Bela. Grato, Leia. Bem-vinda!

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  5. Lindo e comovente poema! Gostei muito. Ficam crateras no coração com as perdas! abração,chica

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    1. Ah, Chica, que bom ser lido e comentado por você. Hora dessas apareço em seu blog. Abraço fraterno.

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  6. Minha mãe também falava, acho que acreditavam, pois também falaram o mesmo para elas. As lembranças e as perdas de pessoas que amamos deixam marcas da saudade eterna. Sua poesia tocou meu coração aflorando a saudade de um tempo onde a Criação tinha magia. Nas noites saudosas ainda olho o céu com o olhar da criança que guardo em mim. Parabéns, poeta!

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  7. Mães são sábias ,quando se vão fica a saudade.uma preciosa homenagem de um poeta e de um grande filho.Mae com certeza orgulhosa do seu filho. Maria Luiza.

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    1. Obrigado, grande amiga Maria Luiza, mecenas da cultura popular. Volte sempre.

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  8. Parabéns! Poeta. Mãe é uma de nossas melhores expressões de homenagem poética.

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  9. Boa tarde, Poeta. Gostei de sua bela homenagem para sua mãe. Uma poesia gostosa. Parabéns!

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    1. Obrigado, Ieda, parceira de letras do Recanto. Seja bem-vinda.

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    2. Ieda, mil desculpas, acho que te enviei o link duas vezes.

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  10. Um olhar terno, com muita poesia, para reviver tempos mágicos... Um abraço da Beatriz

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  11. Transcrevo, abaixo, mensagem de João A. Sossai, por sugestão do mesmo.

    G. Pena.

    COMENTÁRIOS SOBRE O LIVRO DE GERALDO PENA: “MISSÃO: VIVER”

    Quando termino a leitura de um livro, costumo escrever breve comentário, imprimir e colar na contracapa. Isso serve para lembrar-me de quando li esse livro, quais foram minhas principais impressões e, caso o livro caia na mão de alguém, poderá cotejar suas opiniões com as minhas.

    Há poucos dias recebi do nosso colega, Geraldo Pena, a notícia de que publicara um livro no formato e-book, que poderia ser adquirido pelo módico valor de 15 reais: “Missão viver”. Imediatamente efetuei a compra e comecei a lê-lo. A leitura fácil, em pequenos tópicos ou capítulos, e os temas tratados, me fizeram chegar ao final rapidamente. Como de costume, estou escrevendo estes comentários, tentando mostrar as impressões que me causaram seu conteúdo.

    Um tanto aturdido com a natureza do conteúdo e não sabendo por onde começar, achei que deveria iniciar citando a frase que abre o capitulo 10: “Você é racional? Nem tanto”. A frase diz (falando de Deus): “Toda obra é, de alguma forma, em grau maior ou menor, uma reprodução de seu autor”. Sem dúvida, este é o caso do livro do Geraldo Pena. Mas, para mim, com uma ressalva: o autor se mostrou bastante diferente da imagem que eu fazia dele e, provavelmente, que a maioria dos nossos colegas redexianos fazem dele. Talvez essa imagem, bastante “distorcida”, foi construída pelos raros e poucos contatos que temos tido com nosso colega, em nossos encontros e também em suas manifestações através do Boletim REDEX-S. De outro lado, minha convivência com o Pena no seminário deve ter sido de pouca duração, talvez em São João Del-Rey, não me recordo exatamente.

    Apesar da modéstia expressa pelo autor, os conhecimentos revelados nessa pequena obra são de amplo espectro, o que pode ser constatado pelo número e variedade de autores a que se refere. Outro aspecto que chama a atenção é a multiplicidade de temas que aborda, de forma simples, objetiva e sucinta, mas sem pecar pela superficialidade. Cada capítulo, cada frase, cada parágrafo poderá servir de tema para debate em tertúlias de caráter filosófico, religioso ou, simplesmente, para confrontar ideias, crenças, ideologias, valores. A leitura é fácil, agradável e flui como um riacho de águas límpidas, formando corredeiras e pequenas cascatas. Essa foi minha sensação ao ir percorrendo os diferentes capítulos do livro.

    Embora o autor tome posição em relação a diversos temas (por exemplo, sobre a exploração econômica de diversas religiões, em especial, das ditas evangélicas), deixa bem claro, desde o início, que sua intenção não é fazer proselitismo ou convencer alguém de algo, mas estimular o debate e a análise dos temas propostos. Assim se posiciona na introdução: “Não visa atacar, defender ou propor uma ideologia filosófica ou religiosa... O que deseja o autor é que o leitor possa encontrar-se consigo mesmo e com as pessoas de seu convívio e descobrir caminhos fáceis e práticos para bem viver a vida e realizar-se plenamente, sem incertezas maléficas, traumas, depressões ou crises existenciais, guiando-se pela natureza e pela inteligência e bem administrando suas emoções”.

    Para não me estender excessivamente, finalizo parabenizando nosso colega Geraldo Pena e agradecer a ele por nos ter brindado com essa obra, onde abre sua alma e revela seus pensamentos, dando-nos a oportunidade de refletirmos sobre nosso viver e nossos próprios valores. Recomendo a todos sua leitura.

    Vitória, 20 de julho de 2020

    João Alvécio Sossai

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  12. Caminhos [De seu pequeno, humilde livro]

    HGCarvalho

    Há sempre:

    dois caminhos,.

    Dos Grandes.

    Dos pequenos

    Dizia meu pai:

    Consequencialista.

    Explicava:

    Ao se aproximar

    A satisfazer necessidade.

    Premente. Urgente.

    O grande, o olha.

    De cima para baixo.

    Porque vem?

    Perturbar – me?

    Se achegar?

    Quem é para isto?

    Faz isto e aquilo…

    Solucionar problema.

    Por si só!

    Há este contexto?

    Então tem solução!

    Ou seria impossível.

    Não algo viável.

    Com seu esforço,

    próprio. Sem ajudas.

    O mérito é meu,

    Lhe aconselhei!

    Os humildes:

    Ficam felizes

    De serem olhados.

    Lembrados.

    Não se acham

    merecedores.

    Boa vontade

    Fazer o bem.

    Sem acepções.

    A todos. Servir.

    O meu deles.

    É satisfação.

    De atender.

    A você. Como

    Madre Teresa.

    Milagre? Uma

    pessoa por vez!

    Quem é o meu

    Próximo? Você!

    Diante de mim.

    Agora. Sempre.



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    1. Heitor, sua análise sobre o livro do Geraldo, acredito, deve estar próxima ao que o conteúdo propõe. E o fecho, de sua lavra diz a que veio. Felicidades, amigo. Quando quiser o blog está aberto à sua participação.

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  13. As nossas dores deixam marcas profundas na alma. Sublimes e profundos versos. Aplausos 👏

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