sexta-feira, 15 de agosto de 2014




À espera de Marina, campanhas de PT e PSDB analisam novas estratégias
quinta-feira, 14 de agosto de 2014 18:36 BRT Imprimir [-] Texto [+]

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Por Jeferson Ribeiro

Ainda no aguardo do que ocorrerá com a candidatura presidencial do PSB, que deve indicar Marina Silva para a cabeça de chapa, integrantes das campanhas do PT e do PSDB já começam a analisar que mudanças farão na estratégia diante de um quadro que consideram completamente novo.

Estrategistas ouvidos pela Reuters avaliam, no entanto, que é cedo para fazer prognósticos claros e que a nova configuração da disputa não zera o jogo, mas vai exigir mudanças cuja amplitude só será conhecida após a decisão oficial do PSB e algumas rodadas de pesquisas eleitorais.

A presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, foi ministra a seu lado no governo Lula e se aproximou de Campos e sua família. Aécio Neves, candidato do PSB, tinha identificação pessoal com o pernambucano, porque os dois eram netos de políticos conhecidos nacionalmente, tinham sido governadores estaduais no mesmo período e chegaram a traçar estratégias eleitorais juntos nos meses iniciais da disputa presidencial.

“Não mudou tudo, mas muda muita coisa”, disse à Reuters um dos estrategistas do tucano Aécio Neves.

Ele chegou a comparar que o impacto é semelhante a substituir Aécio por José Serra na disputa ou Dilma pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hipóteses que chegaram a ser ventiladas no PSDB e no PT, respectivamente.

No ninho tucano, a ordem é manter a estratégia do programa eleitoral no rádio e na TV nos primeiros dias, apresentando Aécio ao eleitorado, mostrando suas realizações no governo de Minas Gerais e sua capacidade de gestão. Pelo menos por enquanto, segundo essa fonte.

“Nosso desafio não muda, temos que apresentar o candidato e torná-lo conhecido. Mas o programa é fruto de avaliação cotidiana”, disse o estrategista do PSDB.

No PT, não há dúvidas de que Marina assumirá a candidatura e a avaliação é que mesmo com esse novo quadro, que precisa ser pesquisado e analisado com mais calma, Dilma segue sendo a favorita para vencer a disputa.

“Estamos num momento de paralisia nas campanhas”, disse um dos petistas ouvidos pela Reuters.

Um outro integrante do comitê da campanha petista afirmou que nesse primeiro momento “tudo ficou mais confuso para todos”.

Mas essa fonte acredita que Aécio tem mais a perder numa análise imediata, porque ficou sem uma linha auxiliar do discurso que tentava emplacar contra Dilma, apontando-a como má gestora.

Essa fonte avalia, porém, que Dilma ganharia uma adversária com língua mais afiada e mais disposta a fazer críticas mais duras a ela e ao ex-presidente Lula, que Campos poupava.


Fonte: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/a-espera-de-marina-campanhas-de-pt-e-psdb-analisam-novas-estrategias/

Um comentário:

  1. Penso que os votos dele em Pernambuco e nordeste eram pra ele e não para o partido, e sendo amigo de Lula e Dilma acho que os votos dele migram em grande parte pra ela.

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