O fato de trabalhar no escritório me levou uma questão: teria a confiança dos companheiros?
Para conquistar esta confiança, eu não podia vacilar. O mesmo, imagino, acontecia com Berzé. A convicção ideológica foi decisiva para superar minhas dúvidas, inclusive a de perder o emprego. A Belgo tinha cerca de quatro mil empregados e a confiança que estes trabalhadores depositavam em nós, exigia responsabilidades. Seu Joaquim costumava dizer: "a gente entra numa greve, mas muitas vezes não sabemos a hora de parar" e em outro momento, num discurso inflamado, Sálvio Penna encerrou: "Demos a primeira porretada na víbora e ela está zonza, vamos dar a segunda, rumo a vitória".
Tempos depois, fora da categoria, recebi a boa notícia: a oposição vencera a eleição, e o Sindicato dos Metalúrgicos de BH, Contagem e Região retornou às mãos de seus verdadeiros representantes. Uma vitória, que remete à luta iniciada pelos trabalhadores da Belgo e da oposição sindical na segunda metade da década de 1970, com a participação de vários companheiros das greves de 1968.
Por um erro de avaliação, companheiras e companheiros combativos, como Zé Vieira e Mariza Lopes ficaram de fora da nova diretoria. Acreditavam que compondo com João Silveira e Ildeu, ganhariam o sindicato "por dentro".
J Estanislau Filho
Bela luta. Parabéns a todos.
ResponderExcluirGratidão, querida.
ExcluirOlá. Passei por aqui. Abraços
ResponderExcluirObrigado, prima.
ExcluirJEF, eu e um companheiro, o Ernesto Germano Parés, estamos trabalhando num resgate de Memórias Operárias. Já publiquei vários artigos dele e meus. Seria muito bom se você aceitasse inserir este material seu no nosso blog. Abraços!
ResponderExcluirObrigado, parceiro de letras e de lutas. Vamos conversando.
ExcluirLi. Muito bom. Vou te dar o telefone de minha sobrinha, filha do Eugenio. Ela está querendo escrever um livro sobre nossas lutas.
ResponderExcluirCerto.
ExcluirEsforço e engajamento, características do meu amigo das Letras, J. Estanislau. Abs!
ResponderExcluirObrigado, Glaucia, seja bem-vinda!
ExcluirA luta é o que nos mantem vivos. Parabéns, querido Estanislau!
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